sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

LOST - THE FINAL SEASON

Lost voltou! E se você ainda não assistiu todos os episódios, cuidado. Aqui você certamente vai encontrar alguns spoilers.



A saga dos sobreviventes do voo 815 da Oceanic é complexa. A cada início de uma nova temporada, a gente tenta puxar os pequenos detalhes pela memória e sempre deixa escapar alguma coisa. Agora, com a estreia da última temporada, talvez seja o momento ideal de assistirmos novamente as 5 primeiras temporadas na sequência.

No decorrer dos episódios, eu fui tendo cada vez mais a certeza de que deve existir uma lousa gigante na qual os roteiristas têm todas as ligações e relações entre fatos e personagens desenhadas. Sim, porque como explicar tantos detalhes interrelacionados? Certa vez eu li, que pra Lost responder todos os mistérios que criou, seria necessário pelo menos, mais uma temporada depois da sexta. Mas é bem ai, que entra a genialidade da dupla de roteiristas. Num único episódio eles conseguem linkar e explicar fatos e mistérios de diversos episódios de temporadas diferentes e, ao mesmo tempo, propor novas dúvidas. Isso não é pra qualquer um.

É muito fácil pra um roteirista perder a mão numa história tão complexa como Lost. Lá pela terceira e quarta temporada, muita gente especulou que a série tinha fugido do seu foco. Eis que na quinta, ela ressurge e justifica tudo o que foi mostrado antes. Lost debate ciência e religião, com tantas viagens no tempo e teorias místicas, é louvável o talento de J.J Abrans, Damon Lindelof e Carlton Cuse. Porque diante de tanta teoria, aparentemente maluca, a série continua fazendo sentido. Passeamos por décadas, lugares, teorias e tudo vai se encaixando. Vale lembrar que com, muito menos, Heroes vacilava muito no roteiro, cheio de falhas e buracos que deixava muita coisa mal explicada. Assistir Lost é uma aula de roteiro, e uma aula das boas.

Mas não é apenas este o grande mérito da série. Talvez Lost, tenha sido o grande marco de uma nova maneira de assistir TV. Sim, minutos após o episódio ser exibido, centenas de fóruns na internet especulam, discutem e criam diversas teorias. Foi Lost também que popularizou o download de séries pela internet.

Aqui no Brasil, é possível assistir o episódio que foi ao ar nos Estados Unidos, algumas horas depois, com uma legenda de ótima qualidade. Talvez até melhor do que aquela legenda que vimos no Box ofical da série.

Mas, falando sobre a estreia da sexta temporada. Depois de usar flash backs que ilustravam a vida dos sobreviventes antes da queda do avião e dos flash forwards, que mostravam a vida de alguns que conseguiram escapar da ilha. A última temporada utiliza um recurso diferente.

Lembra-se que a quinta temporada termina com Juliet explodindo a bomba que evitaria uma série de acontecimentos que levaria a queda do Oceanic na ilha de Lost? Pois bem, nos dois primeiros episódios da sexta temporada, nos deparamos com duas narrativas. Na primeira, os sobreviventes não conseguem impedir a queda do avião e continuam na ilha. Na realidade paralela, o avião chega a Los Angeles, sem queda. Outro destaque do episódio de estreia é o retorno da fumaça preta.

Ao invés de respostas, a estreia trouxe mais perguntas. E a principal é: Quem é o homem de preto, o inimigo de Jacob? O que significa aquele dialogo estranho que eles tiveram? Quem chega naquele barco?! Que brecha ele encontrou pra matar Jacob? Afinal, quem é Jacob?! E o pai de Jack? O que significa as aparições dele nesta altura do campeonato?! Pois é, todas essas perguntas são criadas apenas neste episódio de estreia. E somam-se a todas as outras. O maior medo é: haverá tempo suficiente pra responder tanta pergunta?